Covid-19: os relatos de quem venceu o novo coronavírus em Mucuri
Após 7 dias internada no Hospital de Campanha de Eunápolis, a moradora do município de Mucuri, Ivanilda Gonçalves Dias, 52 anos, obteve alta neste último sábado (05/06) e voltou pra casa em Mucuri. Ela foi diagnostica com o novo coronavírus no dia 17 de maio. A paciente com histórico de HAS – Hipertensão Arterial Sistêmica apresentava na época do diagnostico, fraqueza muscular, cefaleia, tosse seca, desconforto respiratório e dor retroesternal.
Ela buscou ajuda na sua unidade da ESF – Estratégia Saúde da Família logo no início dos pressentimentos, ao ser atendida e, por estar com sintomas leves, voltou para casa com a finalidade de cumprir um isolamento de 11 dias. No dia 28 de maio, os sintomas agravaram-se e no dia seguinte, dia 29 de maio, ela foi encaminhada para internamento na Ala Covid do HSJ – Hospital José de Itabatã, onde fez uma tomografia que constatou que estava com 50% de comprometimento dos pulmões. Foi o início da sua internação.
A evolução no seu quadro clínico com a apresentação de dispneia associada a intensa tosse seca, febre, dor retroesternal, desconforto respiratório e fraqueza aos esforços, fez com que os médicos recomendassem a imediata transferência da paciente para uma unidade com maiores recursos clínicos. No dia 30 de maio, ela foi transferida de UTI Terrestre pela Secretaria Municipal de Saúde de Mucuri, para o Hospital de Campanha de Eunápolis.
“Meus sintomas estavam estáveis, mas a minha saturação estava muito baixa. Quando eu fui para o hospital eu já estava com uma tosse bem avançada, eu sentia uma grande falta de ar. Foi quando falei para mim mesmo: estou doente e é a Covid. Foi diferente de tudo que eu já havia passado”, lembra.
A dona Ivanilda Gonçalves Dias refere-se a doença como “assustadora” e agradece o “empenho e dedicação” dos profissionais de saúde do Hospital São José de Itabatã, da Secretaria Municipal de Saúde de Mucuri e da fé para vencer a batalha pela cura. “Meu grande medo era piorar, mas o trabalho dos profissionais me deu mais confiança. Em Eunápolis eu também sabia que estava sendo bem atendida. Se eu piorasse eu estaria no lugar certo”, recorda.
Vitoriosa, a dona Ivanilda conta como foi o processo de recuperação. “A primeira alegria é subir para o apartamento. Porque eu sabia que a partir daí era só cumprir o ciclo de antibióticos e já poderia ter alta. Comparando a outros casos, a minha recuperação foi muito rápida. No sábado (05), a doutora veio e me perguntou se eu estava preparada para ir para casa, aí foi só alegria”, comemora ela.