Julho Amarelo: Mês de luta contra as hepatites virais no município de Mucuri
O “Julho Amarelo” é no município de Mucuri o mês de luta contra as hepatites virais, o mês é todo dedicado pela Secretaria Municipal de Saúde aos trabalhos voltados à conscientização sobre as hepatites virais. A OMS – Organização Mundial de Saúde nomeou, em 2010, o dia 28 de julho como o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais e, o Estado da Bahia, desde 2017, instituiu o mês de julho como “Julho Amarelo”.
Nesta quarta-feira (14/07), na unidade básica da ESF-011 – Estratégia de Saúde da Família, no povoado de 31 de Março, na ”Divisa”, ocorreu um mutirão com a participação da equipe do CTA – Centro de Testagem e Aconselhamento da Secretaria Municipal de Saúde de Mucuri com a realização de testes rápidos para Casos de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), tuberculose ou hepatites.
Houve também palestras com a finalidade de conscientizar a população sobre os riscos da doença, alertar sobre as formas de prevenção e incentivar as pessoas a se vacinarem contra as hepatites A e B e a buscarem o diagnóstico precoce e o tratamento. A hepatite é uma inflamação do fígado que pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns medicamentos, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas ou genéticas.
Conforme a enfermeira Sara Teles Jardim Ferreira, coordenadora do CTA – Centro de Testagem e Aconselhamento da Secretaria Municipal de Saúde de Mucuri, neste mês de luta contra as hepatites virais, a equipe orienta ações de combate à doença através de campanhas de prevenção, testagem e vacinação, tendo em vista que são estratégias efetivas para evitar ou minimizar o risco de adoecimento da população. Ela explica, que nem sempre a doença apresenta sintomas, mas quando aparecem, estes se manifestam na forma de cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
As hepatites virais podem ser transmitidas pelo contágio fecal-oral, especialmente em locais com condições precárias de saneamento básico e água, de higiene pessoal e dos alimentos; pela relação sexual desprotegida; pelo contato com sangue contaminado, através do compartilhamento de seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos perfuro-cortantes; da mãe para o filho durante a gravidez (transmissão vertical), e por meio de transfusão de sangue ou hemoderivados.
De acordo ainda com a enfermeira Sara Teles, coordenadora do CTA em Mucuri, no caso específico das hepatites virais, que são o objeto da campanha “Julho Amarelo”, estas são inflamações causadas por vírus classificados pelas letras do alfabeto em A, B, C, D e E. O contágio via transfusão de sangue já foi muito comum no passado, mas, atualmente é considerado raro, tendo em vista o maior controle e a melhoria das tecnologias de triagem de doadores, além da utilização de sistemas de controle de qualidade mais eficientes. A falta do conhecimento da existência da doença é o grande desafio, por isso, a recomendação é que todas as pessoas com mais de 45 anos de idade façam o teste, gratuitamente, em qualquer posto de saúde e, em caso de resultado positivo, façam o tratamento que está disponível na rede pública de saúde.
Segundo o secretário Municipal de Saúde de Mucuri, o farmacêutico bioquímico Fernando Jardim, infelizmente, as hepatites ainda são um problema de saúde pública. “A hepatite B tem uma relação muito próxima com o câncer de fígado. Apesar de termos a vacina disponível na rede pública, a cobertura vacinal ainda pode ser aperfeiçoada”, explica ele, pontuando ainda a existência de testes rápidos para diagnóstico no SUS – Sistema Único de Saúde (SUS).