A passagem da Passarela Ecológica do Gigica já foi restabelecida após recuperação do local pelas Secretarias Municipais de Obras e do Meio Ambiente de Mucuri, tendo em vista que o lugar foi obstruído após a ocorrência de um acidente no local. Na tarde de segunda-feira, do último dia 3 de maio, dois homens montados em um cavalo tentaram atravessar a Passarela do Gigica, passarela que só serve de passagem apenas para pescadores, moradores e para os turistas interessados em chegar às praias próximas da foz do rio Mucuri.

O caminho é feito por trilhas ecológicas repletas de espécies de plantas nativas. E a estrutura, que é de madeira, não suportou o peso dos homens sobre o animal, quando um vão cedeu e o acidente foi inevitável. Os três acabaram despencando no manguezal e algo de pior só não aconteceu porque a maré estava baixa. Os dois homens sofreram apenas ferimentos leves, mas o cavalo ficou atolado e só foi retirado após muito trabalho dos servidores da Prefeitura Municipal que contaram com o apoio dos pescadores do porto. Embora exausto por causa da operação de resgate, o cavalo não sofreu nenhum trauma físico, tendo sido considerado o resgate um sucesso.

No dia seguinte ao incidente foi iniciado o trabalho de recuperação da estrutura da passarela, composta por base de eucalipto tratado e madeira serrada de reflorestamento. “Foi uma operação complicada a retirada do animal de dentro do manguezal. Trabalhamos até parte da noite numa ação conjunta com pescadores e moradores do entorno. O bom é que logo após a passagem ter sido liberada, fomos recompensados pelo bando de sagüis-de-cara-branca, verdadeiros moradores do local”, afirma Fernando Firmo, coordenador Municipal da Defesa Civil de Mucuri.

De acordo com Ronildo Brito, secretário Municipal do Meio Ambiente de Mucuri, o reparo do espaço que cedeu e mais da outra parte que foi removida para retirada do animal, ficou a cargo dos profissionais da Secretaria de Obras e este tipo de trabalho exige mão-de-obra especializada, pelo fato do terreno ser alagado e sofrer influência da maré. “A passagem já foi restabelecida, mas é importante informar que a estrutura não foi feita para suportar tanto peso. A travessia só deve ser feita a pé ou de bicicleta. Até motos são proibidas, pois a passarela é estreita e precisa servir como espaço livre para observação do manguezal com suas espécies e dos animais daquele habitat natural”, alertou Ronildo Brito.

Ainda segundo Ronildo Brito, o prefeito Roberto Carlos Figueiredo Costa “Robertinho” (DEM), já autorizou que fosse feita uma inspeção ao longo de toda a passarela, para caso seja necessário, sejam realizadas correções ou reforço na estrutura. Criada para ser uma simples passagem de pescadores dando acesso à praia, a Passarela Ecológica do Gigica, próximo ao porto pesqueiro, tornou-se, em poucos anos, um dos mais importantes atrativos ecoturísticos de Mucuri. Passar pela passarela dá o privilégio de admirar o ecossistema costeiro que se estende do mangue até o mar. O nome Gigica vem de um antigo pescador que desbravou a trilha, falecido em decorrência de um naufrágio no mar há mais de 30 anos.